Investigadores criam dispositivo quântico que prevê o futuro

 
 

Duas equipas de investigadores universitários colaboraram na criação de uma máquina quântica que consegue simular com precisão cenários futuros e prever os resultados desses cenários.

As equipas da Griffith University e da Nanyang Technological University colaboraram na criação de um processador de informação quântico que antecipa as trajetórias de fotões de luz únicos, utilizando a superposição quântica e classificando depois as diferentes trajetórias de acordo com a probabilidade de acontecerem. É uma experiência singular neste segmento e a única que parece ter tido sucesso, noticia o The Next Web.

Este avanço pode ajudar a programar melhor os sistemas que têm de lidar com grandes quantidades de dados disponíveis e que serão responsáveis por tomar decisões. Uma vez que é expectável que estes sistemas tenham de lidar com variáveis aleatórias, e que não podem ser programadas como escolhas estáticas, um mecanismo que ajude a “prever” o futuro torna-se essencial.

«Quando pensamos sobre o futuro, somos confrontados com um grande número de possibilidades. Estas possibilidades crescem exponencialmente à medida que vamos mais fundo. Por exemplo, mesmo que só tivessemos duas possibilidades de escolha por minuto, em menos de meia hora teríamos mais de 14 milhões de possibilidades. Em menos de um dia, esse número excede o número de átomos no universo», explica um dos investigadores envolvidos no projeto.

As soluções quânticas, com recurso combinações de GPUs e CPUs para processar informação e treinar algoritmos, são a escolha de físicos e investigadores na aprendizagem das máquinas. A promessa da computação quântica é que seremos capazes de fazer mais, com menos, ultrapassando as limitações dos sistemas de computação binários, em muitos parâmetros como poder de processamento ou otimização de memória.

«Demonstramos que é possível manter a vantagem [de memória disponível] em todas as fases da simulação, preservando a coerência quântica, em oposição a experiências anteriores. Mais, mostramos que a superposição de resultados de processos pode ser alvo de interferências», avançam os cientistas. A investigação ainda está nos seus primórdios e ainda deve demorar até trazer resultados visíveis: por agora, o dispositivo consegue simular e antecipar 16 cenários futuros.

Fonte: exameinformatica.sapo.pt

 

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